O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu nesta quarta, dia 8, que ampliará os efetivos de Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Vamos prover cargos na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal por meio de concursos públicos. Quem ingressar no concurso terá sua lotação na fronteira”, disse ele, na apresentação do lançamento da Plano Estratégico de Fronteiras, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O plano é um pacote de medidas que visa ampliar o controle e a vigilância nas fronteiras do país com dez países vizinhos. Uma das medidas é o reforço na estrutura e no número de servidores nessa área envolve apenas as Forças Armadas e a Polícia Federal.
A elaboração do Plano Estratégico de Fronteiras foi determinado pela presidenta Dilma Rousseff, que garantiu total apoio no projeto e destacou que foi um compromisso de campanha eleitoral. “O governo federal vai fazer de tudo para que o plano dê certo. Neste sentido, é fundamental o uso da PRF e PF”, disse Dilma.
Com o anúncio do Plano Estratégico de Fronteiras, a expectativa agora é de que o pedido de concurso para 1.024 vagas para a área policial da PF possa ser autorizado muito em breve pelo Ministério do Planejamento, tornando-se uma das exceções aos cortes de concursos anunciados no início do ano pelo governo federal.
O pedido de 1.024 vagas inclui os cargos de agente (396), escrivão (362) e papiloscopista (116) e delegado (150). Todos exigem formação superior completa em qualquer área, exceto para delegado, cujo requisito é bacharelado em Direito. As remunerações são de R$7.818 para os três primeiros cargos e de R$13.672 para o último.
Vale destacar que a PF também tem pedido de concurso no Ministério do Planejamento para a abertura de 328 vagas de agente administrativo, cargo que exige apenas o nível médio e tem vencimentos iniciais de R$3.203,97, já incluindo auxílio-alimentação de R$304.
Além do aumento de efetivo, também haverá investimento em novas tecnologias, como os veículos aéreos não tripulados. A aeronave, acionada por controle remoto, tem capacidade de filmar e fotografar o terreno em tempo real. Segundo Cardozo, a intenção, no futuro, é adquirir equipamentos que permitam fazer o controle de veículos e a fiscalização de controle e de combate à criminalidade.
As primeiras ações nas fronteiras serão feitas apenas por agentes brasileiros, no entanto, o governo está negociando a integração de operações com países fronteiriços, como a Venezuela, Colômbia e o Peru. O Brasil tem 16,8 mil quilômetros (km) de fronteiras, destes, 7 mil km são as chamadas fronteiras secas e 9,8 mil km são de rios.
Fonte: Folha Dirigida
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